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03/10/2016 11h10
Doria quer aumentar velocidade das marginais na 1ª semana de governo

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã desta segunda-feira (3) que irá manter o valor da tarifa da passagem de ônibus e aumentar a velocidade das marginais Tietê e Pinheiros em sua primeira semana de governo.

“Na semana seguinte muda [velocidade das marginais]. Só não muda no dia seguinte porque nós precisamos mudar a sinalização conforme determina o Código Nacional de Trânsito. As velocidades nas marginais vão para 90, 70 e 60 [km/h]. O restante da cidade vamos manter e rever, ponto a ponto, necessidade de revisão”, afirmou o prefeito eleito. A mudança da velocidade das marginais foi um dos assuntos mais polêmicos e que gerou maior número de críticas ao prefeito Fernando Haddad (PT).

Questionado se não teme que isso possa ocasionar um número maior de mortes em São Paulo, Doria negou. “Isso é uma falácia. Com sinalização, fiscalização, com campanhas educativas não haverá aumentos, haverá decréscimo de acidentes”, declarou.

Doria também garantiu que não irá reajustar o valor das tarifas das passagens de ônibus e irá manter o preço atual de R$ 3,80. “Não vamos mexer na tarifa, não há a menor possibilidade de mexer na tarifa. Nós temos que aumentar a eficiência, não é aumentar a tarifa e nem criar impostos, não vamos fazer isso”, disse.

Na tentativa de solucionar o problema do transporte na capital paulista, Doria diz que são necessários recursos das três esferas do governo. “Temos que ter ação integrada do governo do estado, prefeitura e também governo federal. Esse problema é difícil de solucionar, porque os investimentos são muito elevados e você tem que investir em infraestrutura”, disse.

Ainda na questão de transporte, o prefeito eleito ressaltou que irá tirar a CGM (Guarda Civil Metropolitana) de cima das pontes e viadutos para aplicar multas.
O tucano também garantiu que o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre Serviços) não serão reajustados.

O empresário Doria

Doria destacou ao longo da campanha o perfil de empresário. “Não sou político, sou um gestor”, repetiu. O candidato disse ainda que vai privatizar o Pacaembu, Anhembi e Interlagos, extinguir a Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e vai manter a Secretaria da Pessoa com Deficiência.

O tucano largou com números muito baixos de intenção de voto e sem apoio de boa parte do seu partido. Acusado pelos adversários de comprar votos na pré-campanha, Doria se viu sem o apoio de quadros históricos do PSDB, como Andrea Matarazzo, que migrou para o PSD e se tornou candidato a vice de Marta (PMDB) e o ex-governador Alberto Goldman.

Com uma propaganda baseada na história de um homem que trabalhou para alcançar o patrimônio, Doria cresceu exponencialmente nas semanais finais. Nas caminhadas pelos bairros, o candidato fez questão de posar comendo coxinha, tomando café em padaria e abraçando eleitores.

(Com informações do Portal G1- Imagem UOL)