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14/07/2021 14h30
Braço do setor privado do Banco Mundial enfrenta questões críticas sobre investimentos na "Economia de GIG"

Texto publicado no site da Bretton Woods Project relata que a International Finance Corporation (IFC), braço do setor privado do Banco Mundial, investiu em várias empresas de plataformas de transporte nos últimos anos, aplicativos esses que foram criticados por defensores dos direitos trabalhistas por causa de seus registros de direitos trabalhistas.

De acordo com a informação, em março deste ano foram investidos 20 milhões de euros na Bolt, plataforma de transporte da Estônia, para expandir os serviços em mercados emergentes, incluindo África do Sul, Nigéria e Ucrânia. O serviço, que foi comparado ao Uber, permite aos usuários alugar táxis por meio de um aplicativo.
O texto aponta, ainda, que no ano passado a empresa havia enfrentado uma ação legal no Reino Unido sob alegação de não ter efetuado salário mínimo a seus motoristas.

Outro relato é que o Sindicato dos Trabalhadores Independentes da Grã-Bretanha protestou sobre a falta de segurança dos motoristas de aplicativos, tendo como motivação do protesto a morte de um dos trabalhadores. A matéria também destaca uma pesquisa publicada pela Universidade de Oxford que aponta as piores condições de trabalho para os trabalhadores da economia gigante no Reino Unido.

A reportagem também cita a fala do secretário-geral da Federação Internacional de Trabalhadores de Transporte do Reino Unido em que demonstra preocupação com o aumento dessas empresas de Economia GIG, que são justamente as que permitem, por exemplo o cadastramento que permite o início de um serviço, sendo esse todo realizado de forma remota, como funcionam as empresas de aplicativos de transportes e logística, por exemplo.

Na reportagem o secretário diz que “as instituições de desenvolvimento global como a IFC devem examinar cuidadosamente seus investimentos para garantir que os trabalhadores vulneráveis não sejam explorados e presos na pobreza ”.

A reportagem tem um aspecto mundial, uma vez que trata da questão trabalhista brasileira, relembrando uma greve ocorrida no país no ano passado, em meio à pandemia contra um aplicativo de entregas rápidas, a Loggi que, segundo a matéria, teria recebido investimento de 5 milhões de dólares da IFC em 2016.

Para ver a matéria na íntegra (em inglês), copie o link: https://www.brettonwoodsproject.org/2021/07/ifc-faces-questions-over-investments-in-gig-economy/