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26/04/2021 09h00
SEDERSP na Mídia: Valor Econômico fala sobre a concorrência das empresas formais e aplicativos

Matéria publicada na Revista Valor Setorial- Logística, do Jornal Valor Econômico, abordou novamente a preocupação das empresas formais celetistas no que se refere à atuação dos aplicativos nos últimos anos.

Intitulada “Expansão vigorosa do Delivery”, a reportagem, que inicialmente destacou a forte demanda nesse serviço durante a pandemia, apontou também a atuação das empresas formais nesse mesmo período pandêmico e para isso conversou com o presidente da entidade, Fernando Souza, que retratou a realidade de quem atua na contratação de funcionários sob o regime celetista, como manda a lei do motofrete.

De acordo com o texto, aumentou a discrepância de atuação, de direitos e deveres entre as empresas celetistas e os aplicativos, que trabalham com entregadores sem vínculo empregatício.

“Atendemos principalmente escritórios, clientes particulares e pequeno varejo, segmentos que tiveram que parar na pandemia e viraram home office. Não perdemos clientes, mais a demanda diminuiu mais de 20%.

A maioria de nós não teve como investir no ano que passou. Estamos sobrevivendo e as nossas reservas estão se esgotando”, disse Fernando na reportagem.

“Segundo Souza, em 2020 o crescimento do setor foi zero e a cada ano diminui mais o faturamento do segmento. Há cinco anos, o estado de São Paulo tinha 12 mil empresas formais de entregas rápidas. Hoje, tem seis mil, com 230 mil funcionários. Já a cidade de São Paulo tem 2,1 mil empresas, com 80 mil funcionários”, informa o jornal, que também destaca a preocupação de Souza de que, se o setor continuar enfrentando a concorrência das empresas de aplicativos, que não têm encargos trabalhistas com seus entregadores, dentro de dois anos as formais terão que sair do mercado.

Outro apontamento de Fernando foi mencionado pela matéria no que se refere à necessidade de fiscalização por parte do poder público.

A matéria citou a CPI da Câmara Municipal de São Paulo, que está apurando, a atuação dos aplicativos.

“Segundo o presidente da comissão, o vereador Adilson Amadeu (DEM), os trabalhos irão demorar porque é preciso investigar, entre outras coisas, a arrecadação de impostos dessas empresas, a evasão de divisas e a precarização das relações trabalhistas”, informa o jornal.

Trechos da fala do parlamentar citam que não há responsabilidade por parte dos aplicativos em caso de acidente do condutor e que as empresas são registradas fora da capital para poder pagar imposto mais barato. “Nós temos requerimento para incluir nessas investigações o Ministério Público, a Fazenda, a Receita Federal, Procuradores e empresas de auditoria”, disse Amadeu, na matéria.

A reportagem foi veiculada no dia 31 de março. Para ler na íntegra, acesse https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/03/31/pandemia-leva-a-expansao-vigorosa-do-delivery.ghtml)