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30/10/2019 09h10
SEDERSP na Mídia: Revista Valor Setorial aborda concorrência desleal por parte dos apps

Aplicativos são acusados de concorrência desleal - foi sobre essa temática que a Revista Valor Setorial – Estrutura e Logística, do Jornal Valor Econômico, conversou com o SEDERSP para saber como anda o conflito entre as empresas formais e as de aplicativos de entregas rápidas.

Intitulada “Disputa fica mais acirrada” e com o subtítulo “Com o uso de bikes e motos, aplicativos ganham mercado, mas são acusados de concorrência desleal por parte de empresas tradicionais”, a matéria destaca o que mudou nos últimos anos após a chegada dessa tecnologia na logística delivery.

Veja citação referente à entidade patronal na matéria:
Fernando Souza, presidente do Sindicato das Empresas de Distribuição das Entregas Rápidas do Estado de SP (Sedersp) afirma que apenas no Estado paulista eram 12 mil empresas com modelo de entrega tradicional. A chegada dos aplicativos, segundo ele, destruiu metade dessas companhias nos últimos quatro anos. As que sobraram perderam até 60% do volume de entregas. O sindicato considera a concorrência com essas plataformas injusta, porque, enquanto empresas tradicionais empregam seus funcionários com a carteira assinada e arcam com encargos trabalhistas, além dos impostos, os aplicativos trabalham com entregadores terceirizados, sem vínculo empregatício, o que acaba se traduzindo em ganho de competitividade.

A polêmica foi parar na justiça, na Câmara de Vereadores de São Paulo e até mesmo em Brasília. “Queremos saber se o que fazem é correto, se podem trabalhar nessas condições”, afirma. “Já fomos a Brasília levar essa questão de que os apps não têm encargos para atuar nesse mercado”. Mas nenhuma providência foi tomada.


Para falar sobre o mercado das empresas formais, a reportagem também conversou com o empresário Milton Cordeiro, que disse o que tem feito para sobreviver nessa briga com os aplicativos. Veja:

Para não perder espaço para a concorrência dos apps, que considera desleal, como também pensando no meio ambiente, a Titan Express, empresa do formato tradicional de entrega, adquiriu motos elétricas, mais econômicas e ágeis comparadas aos veículos.

Milton Cordeiro, fundador e proprietário da Titan, diz que as empresas que sobreviveram aos aplicativos são as que atuam em nichos específicos, onde as motos e bikes não são aceitas, como a Titan, que transporta material biológico, materiais cirúrgicos e documentos de bancos que não se renderam aos apps. Outra área que os apps não conseguiram entrar é a de produtos como os da Unilever, entre os quais sorvetes.

(A matéria na íntegra consta na edição impressa da revista Valor Setorial mensal – Outubro/2019, páginas 85 e 86)