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24/10/2018 14h00
Como deixar o Brasil menos hostil para o empreendedor

Com as Eleições 2018 próximas do fim, pode-se dizer que, independentemente do resultado, é certo que Brasil passará grandes mudanças. O empreendedorismo, entretanto, não tem sido assunto prioritário na campanha dos candidatos ao cargo máximo da República – o que incomoda representantes do ecossistema brasileiro.

Para Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae Nacional, Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae SP, e Juliano Seabra, diretor da TOTVS/Idexo e antigo diretor-geral da Endeavor, a pauta do empreendedorismo deveria ser de primeira importância.

Os executivos se apresentaram durante um evento de empreendedorismo, realizado na cidade de São Paulo por uma rádio.

Na visão dos especialistas, questões como burocracia e acesso ao crédito ainda desestimulam a atividade empreendedora no Brasil. Mesmo com tantos fatores jogando contra, ressaltam a resiliência do empresário brasileiro. “Em termos de emprego e renda, quem carrega o Brasil nas costas é o pequeno”, diz Afif Domingos.

Segundo o presidente do Sebrae Nacional, nos últimos dez anos os micro e pequenos negócios geraram mais de 11 milhões de novas vagas de emprego no mercado brasileiro.

Entre as soluções sugeridas estão a expansão do Simples Nacional, descentralização do poder público e foco nas reformas tributárias e da Previdência.

Para Seabra, o empreendedorismo é uma pauta que supera a polarização política. “Existe uma compreensão da sociedade de que os pequenos negócios devem ser estimulados”, afirma. Sobre os problemas do ambiente brasileiro, ele entende que não há solução mágica. “Resolver a questão burocrática é como abrir o capô do carro: é preciso revisar os processos e trabalhar duro”, diz.

Bruno Caetano, do Sebrae-SP, entende que falta uma “visão cooperativa” do poder público para com o ecossistema empreendedor. A solução, no seu entendimento, é mudar a cultura de base do brasileiro – e colher os frutos num futuro de médio prazo. “O empreendedorismo precisa estar na agenda desde cedo. Levar essa mentalidade de liderança e organização financeira desde a escola, já no Ensino Fundamental”, diz.

(Com informações do portal PEGN)