Mensagem do presidente

06/01/2017 10h05
Janeiro é mês de alerta redobrado para os motociclistas
Todo início de ano, faço questão de tocar nesse assunto, que é de extrema relevância para todo o setor de duas rodas, então, vamos lá:

Você sabia que as pipas coloridas que enchem o céu de cores, conhecidas também como pandorgas, raias, papagaios e quadrados, já serviram como sinalizador em ação militar? Isso aconteceu na China Antiga, três mil anos atrás.

O tempo passou e esses pedaços de papel de seda, sustentados por pequenas varas e rabiolas, ainda sinalizam perigo no ar, não pelas razões de outrora, mas por desatino de muitos, que persistem inserir um acessório contemporâneo, que é uma arma, chamada cerol (mistura de cola com vidro moído).

Passado na linha para cortar outras pipas, o cerol se transforma em verdadeira guilhotina e pode acabar com a vida de muitos inocentes numa fração de segundos, sendo as maiores vítimas motociclistas, ciclistas, skatistas, pedestres e até aves.

Embora existam em São Paulo leis que proíbem a fabricação, comercialização e o uso desse misto, é muito comum se deparar com alguém cometendo essas infrações, seja na venda ou no ato de empinar as raias com o produto cortante.

E essa ameaça sempre aumenta no período de férias escolares, já que as maiores incidências ocorrem entre janeiro, fevereiro e julho. Portanto, as atenções devem ser redobradas, principalmente para quem pilota sobre duas rodas, por essa razão, persistimos em sempre tocar nesse tema nessa época do ano.

Apesar da gravidade do assunto, apenas no setor de motofrete é obrigatório o uso da antena aparadora nas motocicletas como parte dos requisitos de segurança, porém, independente dessa obrigatoriedade ou não, fica o alerta para todos sobre a importância da utilização desse item, conhecido como corta-pipa.

Diante dos fatos, vale reforçar que toda a sociedade precisa estar atenta, denunciar e cobrar maior fiscalização do poder público. Pais devem conscientizar seus filhos a não utilizar esses elementos proibidos e os agentes fiscais e policiais precisam agir urgentemente com muito mais rigor para que sejam punidos aqueles que colocam em risco a vida alheia.